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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Ambiente Brasil

Nove meses depois de perder dois terços do acervo, Butantan começa obras do novo Prédio de Coleções

Depois de perder dois terços de sua coleção de répteis e anfíbios em um incêndio em maio do ano passado, o Instituto Butantan começou, neste mês, a construir o novo Prédio de Coleções, que terá o espaço mais bem organizado e distribuído para o armazenamento do material científico, além de ferramentas modernas para controle de ambientes e prevenção de incêndio.
As obras foram anunciadas nesta quarta-feira (23), como parte das comemorações dos 110 anos do instituto. Ao todo, serão investidos R$ 3 milhões na obra.
De acordo com o diretor do Instituto Butantan, Jorge Kalil, o novo prédio é fundamental para a conservação de um dos mais importantes acervos de herpetologia – ramo da zoologia que, dentre os animais, estuda especificamente répteis e anfíbios. “Um acidente como o que ocorreu no ano passado não pode se repetir, nem com as coleções, nem com nada que temos aqui dentro. Com o tempo, o Butantan vai ter que se adequar ao século 21”.
Kalil disse que as espécies perdidas no incêndio serão repostas por meio de novas coletas em campo e com doações, mesmo que essas últimas tenham diminuído recentemente por conta das leis ambientais. “Sem dúvida, sempre tem trocas nacionais e internacionais para que possamos repor. O acervo de serpentes sofreu um baque muito grande e esperamos que ele volte a ser o maior do mundo, porque agora não é mais”.
A previsão é que as obras sejam concluídas no final do ano. A ocupação e a organização do acervo no novo local devem começar logo em seguida, no início de 2012. O material restante está armazenado em diversos lugares dentro do instituto.
O diretor afirmou ainda que o Butantan continua trabalhando para desenvolver a vacina contra a dengue. Segundo Kalil, o desenvolvimento dessa vacina é mais complicado devido à existência de mais de uma tipologia da doença. “Se o indivíduo tem uma dengue tipo 1 e, depois, pegar do tipo 2 pode ter dengue hemorrágica. Então, a vacina contra a dengue tem que dar proteção para os quatro subtipos, senão podemos induzir a uma doença mais grave se o indivíduo se contaminar”, explicou. A vacina está em fase de testes.
Kalil disse que, para abril, está garantida a produção de 3 milhões de doses da vacina contra a gripe, para a Campanha de Vacinação do Idoso. Até o ano que vem, o Brasil deve se tornar autossuficiente na produção de vacinas contra a gripe comum, com 22 mil doses. A fábrica do Instituto Butantan tem ainda capacidade para produzir vacinas para outros subtipos do vírus. (Fonte: Flávia Albuquerque/ Agência Brasil)
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