Seguidores

sábado, 12 de fevereiro de 2011

G1 Natureza

Aldeia kuikuro, no Xingu, desenvolve plantação de pequi há séculos

Engenheiro florestal estima que região tenha 14 mil pés da árvore.
Índios da etnia falam língua da família caribe, herança de antepassados.



Importante para vários povos indígenas no Brasil, o pequizeiro tem função estratégica entre os kuikuros, no Parque Indígena do Xingu. A reserva em Mato Grosso tem 2,6 milhões de hectares, equivalente ao de Sergipe, e fica em uma zona de transição do Cerrado para a Amazônia.
No parque, cortado pelo Rio Xingu, moram 5 mil índios de 14 etnias. A reportagem entrou no local pelo sul da reserva, que faz divisa com o município de Canarana, em MT. O caminho segue por 200 km, por meio do Rio Coluene.
A aldeia kuikuro fica a cerca de 6 km do rio e no local fala-se uma língua da família caribe, herança da época em que seus antecedentes viviam nas fronteiras do Brasil com a Venezuela e a Guiana. São mais de 700 índios, a maior e uma das mais antigas tribos do Xingu. Acredita-se que a migração deles para a região se deu há mais de mil anos.
Veja o site do Globo Rural
Na época, eles eram nômades e viviam só do extrativismo. Quando se fixaram no Xingu, os kuikuros passaram a praticar a agricultura. As ocas chamam a atenção de quem visita as aldeias do Alto Xingu. São construções gigantescas. As maiores chegam a ter 25 metros de cumprimento.
Segundo o cacique Afucacá, a cobertura é de sapé. “Em época de chuva, não chove [dentro]. Fica bem fresquinho dentro”, lembrou. O interior das ocas é escuro porque não há janelas. As únicas aberturas são duas portas, uma à frente e outra nos fundos. Cada oca é habitada pela linhagem completa da família, com avós, filhos e netos.
créditos , link aqui e assista o vídeo.
Quando os indígenas se casam, quem sai da casa é o homem. A divisão do espaço é muito simples: nas laterais são armadas redes de dormir e no centro fica a cozinha. O cacique Afucacá defende que sua função é lutar para não deixar morrer a cultura dos kuikuros. “Dentro da aldeia, nossa tradição está viva. O colar de caramujo, que estou usando, faz parte da tradição”, explicou.
Aos poucos, os kuikuros vão abrindo as portas da aldeia para a cultura dos brancos. No lugar já tem até equipe de TV, treinada por técnicos da organização não-governamental (ONG) Vídeo nas Aldeias que, em parceria com o Museu Nacional do Rio de Janeiro, ensinou os índios a operarem câmeras de filmagens para registrar sua cultura.

Nenhum comentário: