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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Notícias de Saquarema

Cartilha sobre Gênero e Água

Uma lição de como cuidar da água, com desenhos do cartunista Ziraldo

A cartilha Gênero e Água é subdividida em 4 títulos, sobre cidade e meio rural
A cartilha Gênero e Água é subdividida em 4 títulos, sobre cidade e meio rural
Não estava previsto na pauta da reunião da Plenária das ONGs que integra o Consórcio Intermunicipal Lagos São João. Mas, aproveitando o fato de ser realizada em março, mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, a representante da AMEAS, Associação de Mulheres Empreendedoras Acontecendo em Saquarema, jornalista Dulce Tupy fez questão de apresentar a cartilha “Gênero e Água”, feita pelo cartunista Ziraldo. Editada pela GWA (Gender and Water Alliance), com apoio do Ministério do Meio Ambiente e divulgada pelo Instituto Ipanema, por ocasião das comemorações dos 10 anos do Conselho Nacional de Recursos Hídricos, a cartilha tem 4 títulos: “Visão de gênero: o que é isso?”, “Gênero, água, saneamento e saúde”, “Gênero, água e eventos climáticos” e “Gênero, água, agricultura e alimento”. A questão de gênero, em especial o papel das mulheres na provisão, gerenciamento e proteção da água teve reconhecimento na Conferência da ONU em Dublin, na Alemanha, realizada em 1992, pouco antes da célebre Rio-92, no Brasil. Desde então, as mulheres têm participado ativamente da gestão das águas, em todo o mundo. No início do século 21 o terceiro objetivo do milênio, entre oito objetivos declarados pela ONU, com o aval de todos os países que integram a poderosa organização mundial, foi “Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres”.
Em El Salvador, na América Central, as mulheres assumiram um papel de liderança num poderoso movimento social, destinado a proteger os recursos naturais e adaptar-se às mudanças climáticas. No Brasil, mulheres integram cada vez mais os Comitês de Bacias em todo o país, revelando uma visão integradora e participativa. Na Amazônia, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) denunciou que as consequências das construções de hidrelétricas são muito mais fortes para as mulheres do que para os homens. É um assunto que estará sempre em pauta, nas agendas ecossociais nos próximos anos.
O Saquá 132 – Abril/2011
Matéria publicada na edição de abril de 2011 do jornal O Saquá (edição 132)
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