Saquarema , Prof. dr .LATUF ISAIAS MUCCI
Acabo de saber que Latuf nos deixou esta manha. Andará por Pasárgada, Vênus, as mais belas estrelas. Poetas nao morrem, se transformam. Latuf pulsa e brilha, energia cósmica. Esteja onde estiver estará também dentro de nós, os que o amamos com paixao. Latuf agora iluminará nossas esquinas, nossas horas belas e nossas horas difíceis. Nao perdemos nosso maior amigo. Ele agora, mais do que nunca, nos habita.
Texto de Roseana Murray
Perfil de Latuf, por Juan Arias, correspondente, no Brasil, do jornal espanhol EL Pais: a pessoa mais eruditamente enciclopédica que jamais conheci: ?Cómo definir a Latuf, profesor, semiólogo, académico, poeta y sobretodo amigo? El profesor amado por los alumnos, une en su personalidad, donde sigue vivo el niño que duerme en todos nosotros- las cualidades de la fuente y del agua; cántaro de esencias y rios de alegría. Piedra y miel. Roma, la Gregoriana, la Universidad más famosa de la Iglesia, le descubrió la fragilidad de la fe de los dogmas. Liberó sus sueños, lo hizo hombre. Los viajes le abrieron el mundo; los libros -su casa- le revelaron el saber. Saquarema lo consagró: sacerdote de los mares y de los atardeceres. Poeta cuando escribe y cuando sueña. Paradigma y metáfora de lo bello, de la inocencia. Maestro de la Amistad. !Mi amigo! Juan
http://www.professorlatuf.blogspot.com/
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HOMENAGEM A LATUF
Foi com grande êxtase que, pela primeira vez, ouvi, maravilhado, pela boca do poeta Latuf, alguns versos verdadeiramente musicais de um magnífico livro de sua autoria: Águas de Saquarema. De fato, parece-me que quaisquer outros títulos não poderiam assentar melhor a este conjunto disperso de textos, visto que, em se buscando seu leitmotiv, isto é, o fio condutor dos temas obsessivamente nele tratados, encontra-se, não raro, uma série de imagens que definem, paradigmaticamente, a nossa belíssima cidade de Saquarema, tais como o mar, a lagoa (e os pescadores que dela retiram o seu sustento), a Igreja de Nossa Senhora de Nazaré etc.
Significativamente, as águas de Saquarema são o elemento capaz de despertar a Musa do poeta. Tal como os grandes vates da Antigüidade, ou como os clássicos, que buscavam (ambos) inspiração poética nos elementos da natureza - geralmente nas fontes de água doce. Recorde-se, por exemplo, o caso de Camões, que coteja as águas do rio Tejo com as da mitológica fonte de Hipocrene - ousaria dizer que o tecido poético da escritura de Latuf Isaias Mucci é forjado não só por duas, mas por quatro lindíssimas e preciosas mãos, isto é, as dele e as de sua Musa: a própria Téthys que, em um todo, compõe as célebres Águas de Saquarema.
Rafael Santana Gomes, professor da UERJ
Significativamente, as águas de Saquarema são o elemento capaz de despertar a Musa do poeta. Tal como os grandes vates da Antigüidade, ou como os clássicos, que buscavam (ambos) inspiração poética nos elementos da natureza - geralmente nas fontes de água doce. Recorde-se, por exemplo, o caso de Camões, que coteja as águas do rio Tejo com as da mitológica fonte de Hipocrene - ousaria dizer que o tecido poético da escritura de Latuf Isaias Mucci é forjado não só por duas, mas por quatro lindíssimas e preciosas mãos, isto é, as dele e as de sua Musa: a própria Téthys que, em um todo, compõe as célebres Águas de Saquarema.
Rafael Santana Gomes, professor da UERJ
http://professorlatuf.blogspot.com/
"Poesia em Pano" disse...
Vai meu mestre
leva contigo meus escritos
seus benditos
nossas cenas
mudas penas
ao lembrar-me de ti...
Sua chama
me ardia
mas eu ria
e me embebia
da sua rebeldia
de anjo em folia
Meu querubim careca
seu caminhar escrevia em redondilhas
sua pura literatura
do viver
Agora lhe imagino envolto em cetins e sedas
fios de lagarta que és
que tecias em seu inspirar
eu já sabia
também ensinavas as estrelas a brilhar...
Bjs
Sua Aluna para sempre
Dayse mary de Andrade(sua Margarida)
10 de setembro de 2010 20:13
Um momento Feliz !
"Monge laico", como fui definido, há décadas, por meu amigo e prefaciador de meus primeiríssimos poemas - Antônio Carlos Villaça -, maior memorialista brasileiro e, hoje, já feito anjo, ele, que eu chamava de meu "super-anjo". Haicaimente, sou poeta por tempo integral, vendo o mundo em mim e à minha volta pelo prisma único da poesia, poiesis, criação, recriação. Não fale nem se aproxime de mim, por favor de Platão, quem não for amante absoluto da POESIA. Amém!
LATUF
Será Latuf um duende,
um príncipe-do-mar-poeta
ou um habitante de Pasárgada
que ao virar uma esquina
do poema
tropeçou na lua-cheia
e veio parar em Saquarema?
Tem mãos e pés de malabarista,
Latuf,
pensamentos de seda
e um anjo Gabriel
que veio para cuidar dos seus sonhos.
Roseana Murray
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