O guará, a ave da cor da beleza.
Na revista Terra da Gente, deste mês de dezembro
Dedo de prosaNo Cerrado, o vigia Lúcio, que caçava de espingarda e cachorro, agora protege “tudo o que tem em cima da terra” para que o neto dele veja o veado-mateiro ao vivo. No sul de Minas Gerais, o professor aposentado Jerry espalha sementes até de avião e reconstitui uma serra devastada na Mata Atlântica. Na mesma região, várias entidades se unem aos agricultores para salvar mananciais. Também para cercar e salvar as nascentes, parcerias garantem mutirões de fazendeiros e sitiantes na Zona da Mata mineira.
No Japão, políticos e especialistas de 193 países se reúnem para debater o futuro da diversidade biologia.
O que estes personagens (que o leitor vai encontrar nas várias reportagens e seções desta edição) têm em comum?
Todos têm alguma ligação com a conservação dos recursos naturais, seja por intenções, seja por ações. A diferença está na amplitude: o caboclo do Cerrado ajuda a conservar a fauna e a flora numa Reserva Natural; a reconstituição da mata e os mutirões para salvar as nascentes em Minas Gerais têm reflexos em torneiras de milhares de residências até na Capital e no interior de São Paulo; os representantes de todo o mundo, quando se reúnem em conferências e convenções patrocinadas pela Organização Mundial das
Nações Unidas (ONU), podem tomar decisões que interferem nas mudanças climáticas e na conservação da biodiversidade em todo o Planeta.
Diferentemente das aparências e dos nossos conceitos de valores, para o meio ambiente a COP-10 no Japão não é mais importante do que os mutirões de produtores rurais, e estes não são mais essenciais do que a vigilância do guardião do Cerrado. A conservação dos recursos da natureza depende de todos estes personagens, de todos os eventos e de todas as ações. Até da economia de água na hora de lavar os pratos. Antes de chegar à ONU, a salvação do Planeta começa na torneira da nossa cozinha. Página 5...leia mais
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