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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Rede Ecoblogs

Carica papaya L.
Basta sair um tiquinho dos grandes centros para encontrar, em tudo que é quintal, um pezinho de mamão (Carica papaya L.). Árvore típica da América do Sul, o mamoeiro tem tão cara de casa de avó no interior que bem podia ser exclusividade tupiniquim! Afinal, temos no Brasil tudo de que ele mais gosta: calor, muita umidade e poucos vendavais, condições ideais para que ele se desenvolva tão rápido que está pronto para dar frutos em menos de seis meses após o plantio.
Como a gente vê mamão em abundância por aqui, acha que a planta dá fácil, que nem mato. De fato, o mamoeiro pega até das sementinhas da fruta que você come — eu que o diga, porque os passarinhos vivem derrubando sementes no meu canteiro —, mas nem por isso a vida dele é moleza. Isso porque há três tipos de mamoeiro: os masculinos, os femininos e os hermafroditas. E, ao contrário dos Catasetum que eu citei aqui, não é só a flor que tem sexo diferente, é a planta toda.
E o que você tem com isso? Bem, se você realmente gosta de comer mamão, vai preferir que ele venha de uma planta hermafrodita, que produz frutas grandes, alongadas e carnudas. As femininas dão mamões arredondados que, quando abertos, são pura semente, quase nada de fruta. E os masculinos não têm valor comercial, são frutos compridos e finos, que não nascem grudados ao tronco, como na foto, e sim presos por finas hastes, daí o nome mamão-de-cabinho.
Assim, um espada nunca dará frutas meninas. Tampouco um mamoeiro fêmea será capaz de produzir frutas hermafroditas. Sexo é assim, a gente não escolhe, aceita.
PS: O mamoeiro da foto é mocinha. Se quiser ver a cara dos outros dois tipos, tem um ótimo artigo aqui, cheio de imagens.
créditos , link aqui.

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