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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Liberdade - Contos que Celebram a Declaração Universal dos Direitos Humanos


28 de Setembro de 2011
"Liberdade" apresenta-nos um conjunto de contos de alguns dos melhores autores de ficção da actualidade, como Yann Martel, Henning Mankell ou Paulo Coelho. No ano em que se comemoram os 50 anos da Amnistia Internacional (2011) e os 30 anos da secção portuguesa desta instituição, cada um dos 36 textos é inspirado num artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos. O resultado é uma mistura provocadora de histórias que nos levam aos quatro cantos do mundo, nos desafiam e iluminam.
Ao comprar este livro está a ajudar a Amnistia Internacional

«Impressionante.» | The Bookseller
«Comoventes e por vezes arrepiantes, estas histórias pintam um quadro vigoroso da luta contínua para garantir a dignidade essencial.» | Publishers Weekly


Vale a pena ler o prefácio do Arcebispo Desmond Tutu:

"O acto de contar histórias é muito antigo. É uma forma antiga e poderosa que nós, os seres humanos, sempre usámos para comunicar.
Durante as nossas vidas contamos e ouvimos histórias e sempre que o fazemos estamos a construir as nossas pontes. As nossas histórias são levadas pelo nosso alento até às mentes e aos corações de outros.
As histórias interpretam o mundo que nos rodeia, a natureza, as estrelas, o movimento do mar, a própria vida. Exploram o passado, ligam ao presente, imaginam o futuro. Transmitem as nossas diferentes Histórias, culturas, tradições, espiritualidade e moralidade através dos tempos.
E as histórias entretêm e divertem, provocam e inspiram. Através delas, olhamos para o mundo em que vivemos, vemos as pessoas que somos, as pessoas que podemos ser e compreendemos que somos humanos. Em muitas partes de África, temos uma palavra intraduzível para «humanidade», para «condição humana» — ubuntu. No cerne deste conceito, desta filosofia, em todas as suas versões, a mensagem é esta: uma pessoa é uma pessoa por causa das outras pessoas.
As melhores histórias imaginadas transmitem, transportam sempre em si, o círculo da verdade e da realidade humana, enquanto as histórias da vida real transportam a alegria do amor e da realização ou contam verdades penosas sobre o tormento da desumanidade. Tocam o coração e estimulam a imaginação, como as histórias incluídas nesta maravilhosa colectânea demonstram. Na Comissão Verdade e Reconciliação, na África do Sul, assisti ao testemunho de muitas pessoas extraordinárias que contavam as suas próprias histórias com dignidade por entre as suas angústias e traumas. Estas histórias são a matéria-prima da História, iluminam ou turvam os olhos não só do narrador como do ouvinte.
Este livro Liberdade é uma antologia de histórias que celebram a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Já passaram 60 anos desde que as Nações Unidas adoptaram a Declaração, um empreendimento notável em si mesmo, sendo a primeira proclamação internacional sobre a dignidade inerente a todas as pessoas e sobre a igualdade dos seus direitos. Ela ergueu-se, como uma fresca alvorada, por entre as terríveis sombras da 2ª Guerra Mundial. É a base, o fundamento, de toda a lei internacional dos direitos humanos e contém ainda em si um enorme valor ético para todos nós, seja qual for o lugar do mundo em que aconteça vivermos.
O facto de as esclarecidas expectativas abertas pela Declaração, a defesa e afirmação da liberdade individual, a protecção social, a oportunidade económica e o dever para com a comunidade, ainda hoje permanecerem por concretizar para tantas pessoas constitui uma enorme tragédia. Mas o facto de tantas pessoas hoje o saberem, saberem que estes direitos pertencem a todos nós e defenderem os nossos direitos, é um permanente e sólido sinal de esperança de que a humanidade prevalecerá.
Porque são os nossos direitos humanos tão cruciais? É porque cresceram a partir do grande instinto da humanidade acerca do que é justo, daquilo que está certo. Todos nascemos livres, tal como diz a Declaração. Fomos criados para a bondade e para a justiça; não fomos criados para a ganância, para o egoísmo e para a crueldade, nem para ser escravizados pelos caprichos de outros. Os ditadores e aqueles que os mantêm no poder preferem ignorar que vivemos num universo moral e que é importante distinguir entre o que está certo e o que está errado.
A prova da moral inerente ao Universo é que todos nós ficamos chocados quando deparamos com abusos — quando, por exemplo, vemos longas filas de refugiados a fugir de atrocidades. E todos conhecemos a verdadeira bondade, a verdadeira compaixão, quando a encontramos, porque ela resplandece, muitas vezes no ambiente mais humilde.continue lendo aqui

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