Amigos,
Tenho um irmão professor do ensino fundamental, médio e superior, e em muitas conversas com o mesmo sobre a postura da educação dos alunos brasileiros (todas as classes, A, B, C, D, E…. Z), a postura nos parece a mesma.
Nesta charge está o maior motivo do FRACASSO da Educação brasileira: os pais omissos e despreparados para fixar limites, e disciplina, em seus filhos. E agridem, com desvairadas ameaças, os professores, pela ignorância e incivilidade dos alunos.
Recentemente por trabalhar aqui na Algar Tecnologia tive a oportunidade de trabalhar um segmento chave de negócio chamado educação, li algumas reportagens de crescimento de base de alunos no meio universitário, aumento do número de instituições públicas, estaduais e federais. Trabalhei recentemente com o cliente a Anhanguera Educacional uma das maiores redes educacionais do país, os caras vão chegar com um total de 500 mil alunos ainda esse ano, tem quase 50 unidades educacionais entre próprias e adquiridas nesse ano de 2009.
Hoje muito dinheiro tem se investido em Educação, seja por empresas privadas, por programas do governo como o PROUNI, etc…
E agora me pergunto: Será que os professores precisam passar por todo esse desrespeito? Será que o conceito dos grandes educadores: Rubem Alves, Paulo Freire, Hannah Arendt, etc…
Já que citei nossa adorada Hannah Arendt, vou parafrasear com base na minha memória uma história contada por ela sobre algumas crianças de uma região muito pobre da alemanha do ensino básico não conseguia aprender os nomes das cores…
As crianças nas salas de aula viam muitas cores, e, gravuras nos livros, e cores na lousa exposta pela professora, porém não conseguia guardar o nome… A professora sempre ensinava as cores, pedia para seus alunos estudares em casa, prestarem atenção nas cores, e no dia seguinte tomava a “tabuada” de cores e as crianças não conseguiam memorizar nada.
Mostrava uma cor específica na lousa e as crianças “chutavam”, “calavam-se”, “omitiam” e nada… Passou uma semana, um mês, dois meses e nada… A professora resolveu então visitar o local em que essas crianças moravam, e a maior surpresa dela foi perceber que as crianças não conseguiam aprender não era pelo fato de má memória (ocasionada pela desnutrição, falta de alimentação saudável, etc.), mas sim pela ausência de cores no seu ambiente.
A professora percebeu que a cor predominante nas casas, ruas, lazer das crianças só tinha uma cor: o marrom, o marrom da poeira, o marrom das paredes da casa, o marrom das ruas de terra, o marrom predominante e intenso em todo ambiente.
Isso foi a maior lição para a professora, como cobrar o estudo e a aprendizagem de outras cores se essas cores não estavam presentes na vida dessas crianças.
Daí vem à maior lição e a maior tese da filosofia da educação de Hannah Arendt, isto é, só conseguiremos mudar a educação dessas crianças, desse bairro, dessa cidade, desse país, do mundo se mudarmos a vida das pessoas, isto é, mudar o modo de ser e viver de um povo.
Acredito que o desafio da educação é esse: ajudar a todos a mudar o sentido da vida através da ação prática e consciente, seja em colar novas cores nas casas das pessoas ou de lutar por uma educação voltada para a vida, e, sobretudo no respeito e no entendimento mútuo dos pais, alunos e professores.
Será que realmente nós alunos, pais, professores ainda acreditamos no conceito de educação de Hannah Arendt: em que é através da educação e somente dela que mudaremos a cor desse mundo? E com essa cor o modo de ser e viver de um povo?
Pense nisso!!!
Segue um fragmento interessante dessa autora magnífica:
“Há uns que nos falam e não ouvimos;
há uns que nos tocam e não sentimos;
há aqueles que nos ferem e
nem cicatrizes deixam, mas…
há aqueles que simplesmente
vivem e nos marcam por toda vida.”
Hannah Arendt
Bibliografia:
Hannah Arendt. Biografia, colecção de artigos e citações
Paz e Educação!!!
Tenho um irmão professor do ensino fundamental, médio e superior, e em muitas conversas com o mesmo sobre a postura da educação dos alunos brasileiros (todas as classes, A, B, C, D, E…. Z), a postura nos parece a mesma.
Nesta charge está o maior motivo do FRACASSO da Educação brasileira: os pais omissos e despreparados para fixar limites, e disciplina, em seus filhos. E agridem, com desvairadas ameaças, os professores, pela ignorância e incivilidade dos alunos.
Recentemente por trabalhar aqui na Algar Tecnologia tive a oportunidade de trabalhar um segmento chave de negócio chamado educação, li algumas reportagens de crescimento de base de alunos no meio universitário, aumento do número de instituições públicas, estaduais e federais. Trabalhei recentemente com o cliente a Anhanguera Educacional uma das maiores redes educacionais do país, os caras vão chegar com um total de 500 mil alunos ainda esse ano, tem quase 50 unidades educacionais entre próprias e adquiridas nesse ano de 2009.
Hoje muito dinheiro tem se investido em Educação, seja por empresas privadas, por programas do governo como o PROUNI, etc…
E agora me pergunto: Será que os professores precisam passar por todo esse desrespeito? Será que o conceito dos grandes educadores: Rubem Alves, Paulo Freire, Hannah Arendt, etc…
Já que citei nossa adorada Hannah Arendt, vou parafrasear com base na minha memória uma história contada por ela sobre algumas crianças de uma região muito pobre da alemanha do ensino básico não conseguia aprender os nomes das cores…
As crianças nas salas de aula viam muitas cores, e, gravuras nos livros, e cores na lousa exposta pela professora, porém não conseguia guardar o nome… A professora sempre ensinava as cores, pedia para seus alunos estudares em casa, prestarem atenção nas cores, e no dia seguinte tomava a “tabuada” de cores e as crianças não conseguiam memorizar nada.
Mostrava uma cor específica na lousa e as crianças “chutavam”, “calavam-se”, “omitiam” e nada… Passou uma semana, um mês, dois meses e nada… A professora resolveu então visitar o local em que essas crianças moravam, e a maior surpresa dela foi perceber que as crianças não conseguiam aprender não era pelo fato de má memória (ocasionada pela desnutrição, falta de alimentação saudável, etc.), mas sim pela ausência de cores no seu ambiente.
A professora percebeu que a cor predominante nas casas, ruas, lazer das crianças só tinha uma cor: o marrom, o marrom da poeira, o marrom das paredes da casa, o marrom das ruas de terra, o marrom predominante e intenso em todo ambiente.
Isso foi a maior lição para a professora, como cobrar o estudo e a aprendizagem de outras cores se essas cores não estavam presentes na vida dessas crianças.
Daí vem à maior lição e a maior tese da filosofia da educação de Hannah Arendt, isto é, só conseguiremos mudar a educação dessas crianças, desse bairro, dessa cidade, desse país, do mundo se mudarmos a vida das pessoas, isto é, mudar o modo de ser e viver de um povo.
Acredito que o desafio da educação é esse: ajudar a todos a mudar o sentido da vida através da ação prática e consciente, seja em colar novas cores nas casas das pessoas ou de lutar por uma educação voltada para a vida, e, sobretudo no respeito e no entendimento mútuo dos pais, alunos e professores.
Será que realmente nós alunos, pais, professores ainda acreditamos no conceito de educação de Hannah Arendt: em que é através da educação e somente dela que mudaremos a cor desse mundo? E com essa cor o modo de ser e viver de um povo?
Pense nisso!!!
Segue um fragmento interessante dessa autora magnífica:
“Há uns que nos falam e não ouvimos;
há uns que nos tocam e não sentimos;
há aqueles que nos ferem e
nem cicatrizes deixam, mas…
há aqueles que simplesmente
vivem e nos marcam por toda vida.”
Hannah Arendt
Bibliografia:
Hannah Arendt. Biografia, colecção de artigos e citações
Paz e Educação!!!
Leandro Nazareth
- Fotógrafo por amor, músico por natureza (baterista), filósofo por
formação (UFU), gerente de projetos por especialização (UNIUBE) e
gerente de produto por profissão (Algar). leandronazareth.blogspot.com
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