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domingo, 18 de março de 2012

Maricá vai ganhar emissário submarino e estação de tratamento de esgot

Da Redação
O município de Maricá, na Baixada Litorânea, vai receber, já a partir deste semestre, R$ 93 milhões em obras de tratamento de esgoto, segundo informações do governo do estado do Rio. A principal delas é a construção de um emissário submarino para lançamento a quatro quilômetros da costa, em Barra de Maricá.Os investimentos foram anunciados pelo subsecretário de Estado do Ambiente, Antônio da Hora, e pelo prefeito Washington Quaquá, durante audiência pública realizada no Colégio Cenecista, no Centro da cidade.

Além do emissário, o município ganhará uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) em Araçatiba, 17 elevatórias e 238 km de redes de coleta em nove bairros do 1º distrito (Centro, São José do Imbassaí, Retiro, Itapeba, Ubatiba, Araçatiba, Barra, Jacaroá e parte de Pedra de Inoã).

Os recursos são da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), que destinará R$ 33 milhões às obras, e da Petrobras, que fará aportes de R$ 60 milhões, como contrapartida à construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que inclui outro emissário para efluentes cuja rota também passa por Maricá. Segundo o prefeito Washington Quaquá, as obras serão fundamentais para frear o despejo de esgoto nas lagoas da cidade.

“Estes investimentos vão resolver os problemas de lançamento ilegal de esgoto nas lagoas. É uma questão de saúde pública”, afirmou.

A ETE em Araçatiba terá capacidade para atender 70% da população. O esgoto receberá tratamento primário (com separação de dejetos sólidos e líquidos, como é feito na Barra da Tijuca) e será transportado até a Barra de Maricá, em 3,9 km de tubulação. Depois, seguirá pelo emissário submarino e será lançado no mar, a 4 km da costa. A expectativa é que as obras comecem este semestre e durem cerca de dois anos.

A construção da ETE em conjunto com o emissário fará com que Maricá tenha um esgoto melhor tratado do que, por exemplo, o de Ipanema, segundo o subsecretário estadual do Ambiente.

“Em Ipanema, o esgoto é lançado a 2,5 km da costa, sem tratamento primário. Aqui o despejo será a 4 km, após passagem pela estação de tratamento”, disse Antônio da Hora.

O prefeito Washington Quaquá anunciou também que vai enviar à Câmara Municipal, nos próximos dois meses, uma mensagem do Executivo que autoriza o governo a conceder à inciativa privada os serviços de coleta e tratamento de esgoto nas demais regiões da cidade.

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